domingo, 20 de dezembro de 2020

Mulher Maravilha 1984

 Atenção: o post NÃO contém spoilers!  

 Estrelado por Gal Gadot (Diana Prince/Mulher Maravilha), Chris Pine (Steve Trevor), Kristen Wiig (Barbara Minerva/Cheetah) e Pedro Pascal (Maxwell Lord), e dirigido pela brilhante Patty Jenkins, Mulher Maravilha 1984 conseguiu superar o primeiro filme, e é mais um acerto para o universo compartilhado da DC Comics nos cinemas. 

 Depois de tantos adiamentos devido à pandemia de Covid-19, o filme foi lançado nos cinemas brasileiros em 17 de dezembro de 2020. Com medidas de precaução e salas bem menos cheias, os cinemas tem tentado se manter em meio ao caos atual. A Warner Bros Pictures, estúdio responsável pelo filme, decidiu lançar o longa nos EUA ao mesmo tempo no cinema e em seu novo serviço de streaming, o HBOMax, no dia 25 de dezembro, o que dividiu opiniões.


 A personagem representa vários ideais, como a esperança, o amor, a verdade, a justiça, compaixão, entre outros. Enquanto o primeiro filme focou no amor e na compaixão, o segundo abordou a importância da verdade e que tudo tem um preço. "Nada de bom nasce de mentiras, e grandeza não é o que você pensa." Outros pontos a serem comparados com o primeiro filme são as cenas de batalha, bem melhores no segundo, e, como se passam em épocas diferentes, o 1984 tem cores mais alegres e chamativas. Os vilões da sequência também se destacaram bem mais do que o Ares, e aplaudo a atuação do Pedro Pascal quantas vezes forem necessárias, e também elogio a de Kristen Wiig. 

 Se você sentiu saudades do Steve Trevor, assim como eu, aí está mais um motivo para assistir (via streaming, caso prefira evitar o cinema no momento). Ele retorna, não exatamente da forma que você pode ter imaginado pelos trailers, mas ele está presente e mais uma vez relembra a Diana o quanto ela é importante para todas as pessoas que salva todos os dias. 


 A armadura MARAVILHOSA da imagem acima não foi tão usada como eu achei que seria, entretanto, a história por trás dela é uma das coisas mais legais do filme, e você só vai perceber isso depois que assistir a cena pós-créditos, que é perfeita e também o tipo de coisa que me faz gostar mais ainda da DC Comics. 
 O que me resta comentar sobre a película sem entregar spoilers é que a trilha sonora continua incrível, há algumas referências ao filme anterior e, claro, aos quadrinhos, e finalmente vi algo que estava faltando nas recentes obras do gênero: super heróis salvando civis em situações comuns.


 Por fim, Mulher Maravilha 1984 é tudo o que eu sempre quis ver em um filme de super heroína e nem sabia como descrever. Obrigada, Patty Jenkins, por essa obra de arte.

Obs: os pôsteres são tão perfeitos que me deu vontade de postar TODOS aqui, mas não quis que o post ficasse muito grande. rs



sexta-feira, 14 de agosto de 2020

DORAMAS!

          
                    (Romance Is A Bonus Book, 2019. Atores: Lee Na-young, Lee Jong-suk) 

 As séries de drama sul-coreanos, também chamados de kdrama ou de doramas, consistem, em maioria, de uma temporada com 16 episódios de cerca de 1 hora e 10 minutos (é tipo uma novela reduzida). Até então, poucos tem dublagem em português, o que é uma pena, pois com ela alcançariam um público maior no Brasil. Porém, falando por experiência própria, afirmo que vale muito a pena deixar a preguiça de lado e ler as legendas! Parafraseando Bong Joon-ho: muita gente perde enredos incríveis por ignorar produções não dubladas em sua língua materna.
 Além de me apresentar uma cultura muito divergente da brasileira e das produções estadunidenses, britânicas e mexicanas, que são comuns para telespectadores do Brasil, também pude conhecer atuações diferentes, um estilo próprio de contar histórias, trilhas sonoras em uma língua que eu não entendo (no entanto, com alguns trechos em inglês e algumas músicas inteiras em inglês), mas que eu me apaixonei com força. Praticamente conheci um mundo novo.

(Memórias de Alhambra, 2019. Atores: Park Shin-hye, Hyun Bin)

Indicações:
  • Romance Is A Bonus Book
  • Pousando No Amor
  • Tudo Bem Não Ser Normal 
  • Memórias de Alhambra
  • Love Alarm
  • Holo, Meu Amor
  Todos esses estão no catálogo da Netflix, sendo a maioria produzida pelo Studio Dragon e algumas pela própria Netflix. Fiquem atentos às classificações etárias! ;)
 Para quem se interessa por tecnologia, jogos, ação e suspense, indico Memórias de Alhambra. O drama se passa em parte em Granada, na Espanha, e também na Coréia do Sul. Tem pouco romance e tem um pouquinho de humor também. A narrativa gira em torno de um jogo de realidade aumentada e como ele acaba afetando a vida dos jogadores e dos criadores. 
 O meu favorito, Romance Is A Bonus Book, indico para aqueles que gostam de um romance fofo mas que não foca apenas no amor, fala também sobre a vida, carreira, aspirações pessoais, amizade. Aviso: grandes riscos de se apaixonar pelo Eun-ho (Lee Jong-suk). Boa parte da trama se passa em uma editora de livros ou em livrarias, então, se você curte livros, esse é um belo BÔNUS.  
 Para quem prefere séries mais curtinhas, Holo, Meu Amor e Love Alarm atendem mais ao seu gosto. As duas tem episódios com menos de uma hora (54 minutos no máximo) e menos episódios: Love Alarm tem 8, e vai ter segunda temporada, e Holo, Meu Amor, tem 12 episódios. Holo acabou me surpreendendo de forma bem positiva, porque, quando vi o trailer e o resumo, achei que teria uma história bem bobinha, esperei uma produção fraca, porém, acabei gostando muito da série. Love Alarm é mais voltado pra um público adolescente e talvez jovem adulto, é mais leve (apesar de também tratar de assuntos mais sérios ao longo da temporada) e fofinho.

(Pousando No Amor, 2019-2010. Atores: Seo Ji-hye, Hyun Bin, Son Ye-jin, Kim Jung-hyun)


 Pousando No Amor, o primeiro dorama que eu assisti e pelo qual me apaixonei profundamente, foca muito em drama, romance, relações familiares (!!!), disputas por poder, questões políticas e, ao contrário do que estamos acostumados nas produções ocidentais atuais, paciência e persistência com o amor. Tudo Bem Não Ser Normal, que estou assistindo no momento, virou febre na Netflix e com mérito. Trata de doenças psiquiátricas/distúrbios psíquicos, romance, uma dose atraente de terror, e tem uma protagonista que não é bem o que você espera de uma personagem principal bonitona. Falando sério aqui, ela é muito linda, e brilhante como escritora, mas também é bem excêntrica.

Trilha Sonora:

 Além de tramas interessantes, os doramas que eu já assisti contam também com trilhas sonoras marcantes. Vou deixar aqui a minha lista com as minhas músicas favoritas dos kdramas que indiquei: 

  • Wake Up - Élaine (Tudo Bem Não Ser Normal)
  • Falling Again - KLANG (Love Alarm)
  • Is You - Ailee (Memórias de Alhambra)
  • Sigriswil - Kim Kyoung Hee (Pousando No Amor)
  • Rainbow - Rothy (Romance Is A Bonus Book)
  • Blooming Story - Tearliner ft. Jo Hae-jin (Love Alarm)
  • A Song For My Brother - Hyun Bin (Pousando No Amor)
  • In My Dreams - Tearliner ft. Love X Stereo (Love Alarm)
  • Longing Hill - April 2nd (Pousando No Amor)
  • Walking On Sunshine - Lee Hye Min (Romance Is A Bonus Book)
  • Here I Am Again - Baek Yerin (Pousando No Amor)
  • Love Again - Ji Pyeong Kwon ft. KLAZY (Holo, Meu Amor)
  • Got You - Ga Eun (Tudo Bem Não Ser Normal)
  • White Clouds - Soullette (Holo, Meu Amor)

(Holo, Meu Amor, 2020. Atores: Yoon Hyun-min, Ko Sung-hee)

Comentários extras com um pouco de spoiler:

Em quase todos os doramas, tem algum homem idoso que você vai odiar. hahahah 

Todos os atores coreanos com menos de 40 anos tem a pele lisinha e quase reluzente. Pode reparar!


Fiquem à vontade para indicar outros doramas que não estejam no post! :)

sábado, 18 de julho de 2020

Lendo de Cabeça Para Baixo!

Ler de cabeça pra baixo? O que isso quer dizer?


 A capa rosa e bonitinha e talvez o título podem te induzir a pensar que esse é mais um livro adolescente sobre uma garota carismática de cerca de 17 anos (viu os livros e o porquinho da índia?) que vai se apaixonar no meio da narrativa e depois vai ter um final feliz e romântico. Mas não é nada disso.
 Lançado em 2019, o livro de Jo Platt tem como protagonista Rosalind Shaw, mais conhecida como Ros (pra todo mundo, não só os íntimos). Ros foi abandonada no altar e, como é de se esperar, ela desaba por conta disso. E, calma aí, meu caro leitOr: não, ela não passa o livro inteiro criticando os homens e suas condutas. Com o passar das páginas, acompanhamos outros relacionamentos dando errado (e histórias de outros que já terminaram) ao redor da vida de Ros e como os personagens lidam com o fim e com novas paixões. 
 Além da passagem do tempo, de trabalhar, beber com os amigos e passar algumas vergonhas ocasionais (porém divertidas), ao conhecer novas pessoas e perceber o valor das que já estavam presentes e de si mesma, o foco dos pensamentos da protagonista muda, tornando menos pesado o trauma e mais fácil seguir adiante. "Lendo de Cabeça Pra Baixo" é uma leitura leve (sim, mesmo com os rompimentos), sem excesso de detalhes e introspecções prolongadas da narradora (a própria personagem) e divertido. 

 Após a leitura da obra de Platt, concluí que ler de cabeça pra baixo significa enxergar a vida e os contextos que nos envolvem de uma forma torta. Após o abandono, Rosalind sente pena de si mesma e demora a voltar a enxergar seu potencial, sua beleza interna e externa, por conta de algo em que ela depositava suas esperanças e confiança e que não se concretizou. É quando retoma a consciência de quem ela realmente é e de que nem tudo é feito pra funcionar como queremos, que afinal percebe que UM fim não impede novos caminhos e conquistas.