segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

The Witcher (2019)

- NÃO contém spoilers!
- As opiniões nessa postagem são baseadas apenas na série produzida pela Netflix.
- Classificação indicativa da série: 16 anos (gente pelada de vez em quando e violência não tão explícita).


 Antes de começar a devidamente falar sobre essa magnífica série, eu preciso comentar algo que tem sido muito falado: as semelhanças com a famosa série Game Of Thrones, também proveniente de livros. Seria The Witcher uma cópia de Game Of Thrones? Impossível. O primeiro conto de The Witcher, escrito pelo autor polonês Andrzej Sapkowski, foi publicado em 1986, e os contos subsequentes culminaram no lançamento do primeiro livro em 1990, enquanto isso, o primeiro livro de Game Of Thrones foi lançado em 1996, pelo americano George R. R. Martin. E com isso eu estou dizendo que GOT é uma cópia dos livros do bruxão? Também não! 
Prossigamos...

 Protagonizada por Henry Cavill (o nosso querido Superman) interpretando o bruxo Geralt de Rívia, Anya Chalotra como Yennefer de Vengerberg e Freya Allan como Cirilla, a série não foi um sucesso entre os críticos, mas tem sido aclamada pelo público, tornando-se até então a terceira série mais assistida de um serviço de streaming, perdendo apenas para Stranger Things e The Mandalorian (competir com Star Wars é difícil, não é mesmo? Aliás, tô amando The Mandalorian também!). A franquia possui livros, jogos eletrônicos, histórias em quadrinhos e agora temos também a série produzida pela Netflix. Com magia, suspense, monstros e outras criaturas não tão monstruosas mas igualmente fantasiosas, romance, músicas, espadas e disputas por poder, em 8 episódios de larga duração, a primeira temporada arrebatou o meu coração sem dó. Mentira, foi bem antes de terminar de assistir tudo. A trama acontece em épocas medievais onde todos andam a cavalo, tem casas de madeira, castelos, cavalheiros com espadas e armaduras, criaturas míticas como dragões, roupas típicas de produções cinematográficas que retratam essa época, etc e etc, mas não pense que encontrará apenas mulheres submissas e tratadas como qualquer coisa, como estamos acostumados a ver nesse tipo de roteiro. Muito pelo contrário, felizmente.


 Joey Batey, interpretando Jaskier, um bardo cantor, adicionou um humor necessário e não forçado à série, além de músicas que marcaram os episódios. Jaskier é um dos poucos amigos de Geralt, que está sempre em andanças e matando monstros, e o bruxo não é alguém muito amigável e simpático. Criativo, bem humorado e tagarela, Jaskier compõe uma música sobre o bruxo guerreiro com um refrão que ficou bem popular entre os fãs da série: 
Toss a coin to your witcher,
Oh, valley of plenty!
Oh, valley of plenty!
Toss a coin to your witcher
And friend of humanity!
(Dê um trocado pro seu bruxo,
Ó, vale abundante!
Ó, vale abundante!
Dê um trocado pro seu bruxo
Ele é quem nos garante!**)
**Tradução literal: E amigo da humanidade!

 Durante o desenvolvimento da temporada, novos personagens vão sendo introduzidos, novos lugares vão sendo mostrados, e ao percorrer dos episódios, diferentes linhas temporais são mostradas e NÃO há um aviso antes ou depois dessas mudanças temporais. Vi muitos comentários negativos sobre isso, contudo, prestando bem atenção, é possível acompanhar sem maiores confusões, é uma questão de estar atento ao que está acontecendo e quem está aonde.

 No mais, vou deixar aqui o trecho de uma das canções da série. Essa está no final do episódio 6, se não me engano: 

Her Sweet Kiss
The fairer sex, they often call it
But her love’s as unfair as a crook
It steals all my reason
Commits every treason
Of logic, with naught but a look
A storm breaking on the horizon
Of longing and heartache and lust
She’s always bad news
It’s always lose, lose
So tell me love, tell me love
How is that just?

But the story is this
She’ll destroy with her sweet kiss
Her sweet kiss
But the story is this
She’ll destroy with her sweet kiss

(Música original da trilha sonora, cantada por Joey Batey, escrita por Haily Hall, Sonya Belousova e Gionna Ostinelli)

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Coringa (2019)



 Antes de começar a resenha, alguns avisos:
  • Não há spoilers nessa postagem, apenas minha opinião e um breve resumo do filme.
  • Respeitem a classificação indicativa de +16. Não é para crianças.
  • Ao contrário de algumas críticas recebidas antes mesmo da estreia, o objetivo do filme não é tornar o Coringa algum tipo de herói ou fazer com que as ações dele pareçam louváveis.
  Dirigido por Todd Phillips e estrelado por Joaquin Phoenix, Joker (Coringa) mostra as origens - com liberdade criativa do diretor - de um dos vilões mais populares da cultura geek/pop. O maior vilão do Batman já foi interpretado por excelentes atores antes, mas, sem desmerecer os outros, eu PRECISO começar elogiando a atuação assustadoramente impecável do Joaquin. Pelos trailers, já era possível ver como o ator emagreceu para o personagem, só que isso é só um mero detalhe diante de toda a entrega dele para o longa. Para não dar spoiler, eu resumo sua performance e reafirmo o que disse nos avisos acima de que em nenhum momento a intenção do filme era tornar o palhaço do crime um herói, com as seguintes palavras: a todo instante você tem certeza de que Arthur Fleck tem sérios distúrbios mentais; pelos olhares, pelos sorrisos perturbadores, pelas ações e palavras.


 Diferente de tudo que se espera de um filme baseado em um personagem de quadrinhos e do que temos visto nos recentes anos, há mais do que a origem de um vilão e os crimes (bizarros/hediondos ou não) para ver. E não foi usado CGI no filme! Basicamente, qualquer um que tenha um pouco de empatia toma uma série de tapas na cara ao assistir e se deparar com intensas críticas à sociedade em geral. Sendo o personagem um psicopata maníaco insano e cruel, já é de se esperar que tenha bastante violência, e tem mesmo. Entretanto, discordando de especulações feitas antes do lançamento, ele não é retratado como um homem misógino que culpa as mulheres e a sociedade em geral por não conseguir se relacionar amorosamente. 
 Há muitos detalhes e tudo foi pensado com muito cuidado para a realização da obra. A fotografia do filme é muito bonita também. O Leão de Ouro por melhor filme que Coringa recebeu no Festival de Veneza foi merecido, com toda certeza. Quem assistir esse filme, não vai esquecer da narrativa dele tão cedo.

 Ah! Tem algumas surpresinhas para os fãs do Batman. Fico feliz que não houve vazamento (pelo menos eu não soube de nada) e que essas cenas não foram colocadas em nenhum trailer. 

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Ela (2013)

 Dirigido por Spike Jonze e estrelado por Joaquin Phoenix, "Ela" tem como protagonista Theodore Twombly, um escritor solitário e divorciado que se apaixona por um Sistema Operacional chamado Samantha. O elenco também conta com Amy Adams (Amy) e Scarlett Johansson (a voz de Samantha).
O filme foi indicado a três Globos de Ouro, tendo vencido por Melhor Roteiro, e cinco Oscars, e venceu também na categoria Melhor Roteiro.   


 "Todo mundo que se apaixona é louco. Apaixonar-se é uma loucura." - Amy 

 A atuação cativante de Joaquin Phoenix faz você ter vontade de abraçar Theodore forte o suficiente para que toda tristeza fuja de seu corpo. Em um mundo de alta tecnologia e após um divórcio, é mais fácil para ele namorar um sistema operacional (e ele não esconde o relacionamento de ninguém) do que se conectar com outras pessoas. Em diversos momentos a câmera foca no rosto do ator por um bom tempo, até mesmo porque a grande maioria das cenas acontecem entre ele e a voz de Scarlett Johansson, e você consegue sentir tudo que o personagem está sentindo instantaneamente, sem se tornar algo cansativo.

 Um detalhe que me chamou atenção nesse mundo de alta tecnologia do filme é que ninguém percebe que ele (aparentemente) está falando sozinho nas ruas, no trem, no trabalho, e a maioria das pessoas aceita bem o seu relacionamento com um "computador", exceto por sua ex-esposa, Catherine. Seria uma predição do futuro? 

Theodore: "Você [a gente] sempre vai desapontar alguém..." 
Amy: "Exatamente. Então que se f*da!" 


 "Eu só queria que você soubesse que sempre haverá uma parte de você em mim, e eu sou grato por isso. Quem quer que você venha se tornar e aonde estiver no mundo, estarei lhe mandando o meu amor. Você é minha amiga para sempre."
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Duração: 2h6min
Minha nota: 9,8/10
Gênero: comédia, ficção científica, romance, drama

domingo, 21 de julho de 2019

Batman: A Máscara do Fantasma (1993)


A animação de 1993, dirigida por Bruce Timm e Eric Radomski, possui o tom sombrio já esperado do personagem e aborda conflitos enfrentados pelo bilionário ao ter que se dividir entre Bruce Wayne e Batman. 
"- Me diga, com tanto dinheiro e poder, como pode ter sempre o ar de quem quer pular de um rochedo?" - Andrea Beaumont para Bruce Wayne. 



 A complexidade de Bruce Wayne é mais abordada no filme do que o próprio Batman. Vemos seu início como vigilante, batendo em bandidos usando uma máscara improvisada (que parecia de batedor de carteira, rs) e uma roupa preta, mas ainda longe de ser o traje do herói. Contudo, dessa vez não vemos a morte de seus pais, apenas fotos na parede e visitas ao cemitério de Gotham.
"- Só houve uma coisa errada: não tiveram medo de mim. Tenho que meter medo neles desde o começo!" - Bruce conversando com Alfred após um de seus primeiros atos como o cavaleiro das trevas.
 É possível notar através de breves diálogos e detalhes, o lado arrogante acompanhado pelo receio de ser previsível e transparente, e ainda o medo de perder mais alguém:
Bruce: Você acha que sabe tudo sobre mim, não é?
Alfred: Eu troquei suas fraldas, portanto, eu o conheço bem!
Bruce: Mas nem tanto. (E vai embora no batmóvel)

 Após lutar contra ladrões trajado apenas como Bruce Wayne, tendo Andrea Beaumont (sua namorada durante o filme) como espectadora preocupada, ele volta para casa atormentado:
"Não sei porque ainda faço isso. Não posso ter as duas coisas. Não posso me arriscar se tiver alguém me esperando pra voltar pra casa."

(Tem Bruce para todas: loiras, negras, asiáticas, ruivas)

 O vilão principal nessa trama é o misterioso Fantasma. Devo comentar que, por não conhecer nada do personagem, me surpreendi quando sua identidade secreta foi revelada. Mas ele não é o único: o vilão mais famoso e maluco do morcego também está presente. Preciso citar o nome do palhaço? rs. {Esse é o impacto do vilão mais famoso da DC Comics}.
 Além destes, há também a polícia de Gotham o perseguindo e tentando colocá-lo atrás das grades por acreditarem que o justiceiro se tornou um assassino. 

 ATENÇÃO: aí vem um SPOILER da parte mais triste do filme.

 Debaixo de chuva, Wayne discute aos prantos com o túmulo de seus pais a possibilidade de ser apenas Bruce: "Deixem que outro corra o risco... Eu sei que fiz uma promessa, mas eu não previa isso... eu não esperava ser feliz."


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Minha nota para o filme: 10/10
Duração: 1h17min. 

sábado, 6 de abril de 2019

SHAZAM!

 O mais novo filme da DC foi dirigido por David F. Sandberg e tem como estrela Zachary Levi, interpretando Shazam. Junto com ele, Asher Angel (Billy Batson) e Jack Dylan Grazer (Freddie Freeman).

Pôster divulgado pela DC na CCXP 2018, criado por Ivan Reis.

 Breve resumo do personagem: Billy Batson é um garoto de 14 anos, órfão, que se transforma em um adulto com super poderes ao dizer uma palavra: SHAZAM! E o que significa Shazam? 
S - Salomão (Sabedoria)
H - Hércules (Força)
A - Atlas (Invulnerabilidade)
Z - Zeus (Poder)
A - Aquiles (Coragem)
M - Mercúrio (Velocidade) 
 O personagem foi criado em fevereiro de 1940 e inicialmente era chamado de Capitão Marvel e Capitão Trovão (Captain Thunder - em inglês é mais bonitinho).
     
Shazam (Zachary Levi) e Freedie Freeman (Jack Dylan Grazer)


 Para começar, adianto que os trailers não mostraram muita coisa do filme, o que é perfeito. O longa possui momentos bem mais sombrios (sem exageros para o tom do filme ou filtros muito escuros) do que se espera a partir do conteúdo mostrado nos trailers; há um balanceamento perfeito entre humor e sombrio. Em alguns momentos senti umas vibes de Harry Potter, e, afinal, as habilidades de Shazam também provém de magia, mas são utilizadas de forma diferente (nada de varinhas e etc).
 A trilha sonora do filme é um bônus que eu não esperava também: muito prazerosa. 

Billy Batson (Asher Angel) e Freddie Freeman (Jack Dylan Grazer)


 É ideal para se assistir em família e convidar os amigos. Há muitas referências ao universo cinematográfico da DC e de alguns filmes que marcaram gerações. E se é representatividade que você procura, Shazam concede: além de órfãos, entre os personagens principais há um garoto latino acima do peso, um asiático, Freddie é deficiente físico e Darla é uma menina negra.
                                  
 Dr. Silvana (Mark Strong)


 O Doutor Silvana dá uma mudada no hall de vilões do DCEU (DC Expanded Universe, o universo cinematográfico), tendo motivações diferentes, já que a maioria tem seus motivos para odiar a humanidade, enquanto ele apenas quer vingança e poder. O desenvolvimento do antagonista foi bem executado e a atuação de Mark Strong é poderosa.  
 Para quem é fã de Smallville, assim como eu, uma surpresa bem legal: o pai do vilão é interpretado por John Glover, o Lionel Luthor da série!

Comentários extras:

  • A DARLA É MUITO FOFA!
  • O clipe de créditos do filme, com música e tal, típico de filmes de super herói, é bem criativo e divertido, e novamente traz referências aos outros personagens da DC que já estão presentes nos filmes.
  • Tem DUAS cenas pós-créditos!
  • DC, EU TE AMO. ENTENDA ISSO! 

segunda-feira, 11 de março de 2019

Famosos Parecidos: Henry Cavill e Matt Bomer

 Henry Cavill, ator e modelo britânico de 35 anos, mais conhecido por interpretar Clark Kent/Superman no universo cinematográfico da DC Comics, parece ter um quase irmão gêmeo, que também é ator da DC: Matt Bomer, ator, modelo, músico e diretor americano, de 41 anos. 



 Matt está atualmente no elenco da série Doom Patrol (Patrulha do Destino), distribuída pelo streaming da DC, conhecido como DCU. Seu personagem é o Larry Trainor e a voz do Homem-Negativo, e se você espera ver esse lindo rosto com frequência, bom... pode esquecer. Larry Trainor sofreu um acidente e teve todo seu corpo queimado, mas sobreviveu e passou a viver com o corpo todo enfaixado:

Homem-Robô e Homem-Negativo (Doom Patrol) 

  Antes da estreia da série, os membros da patrulha apareceram na série Titãs, também produzida pela DCU e distribuída pela Netflix nos outros países. 
 Curiosidade: Matt também foi um dos protagonistas dos filmes Magic Mike (2012) e Magic Mike XXL (2015). ;)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Homem-Aranha 3 (2007)

 Assisti novamente o filme da franquia do diretor Sam Raimi que é considerado um dos piores filmes do Homem-Aranha. Eu mesma não gostava muito do filme, mas após reassistir tendo mais conhecimento do personagem e de seu universo, o subestimado terceiro filme subiu no meu conceito. 
 Antes de começar a explicar minhas razões, jogo aqui a minha lista do melhor para o pior filme do Homem-Aranha, na minha opinião: 

1. Homem-Aranha: No Aranhaverso
2. Homem-Aranha 2
3. Homem-Aranha 1
4. O Espetacular Homem-Aranha
5. Homem-Aranha 3
6. Homem-Aranha: De Volta Ao Lar
7. O Espetacular Homem-Aranha 2


1. Para começar, aqueles créditos iniciais da franquia com a musiquinha conhecida pelos fãs da mesma, que mostram também cenas marcantes dos filmes anteriores. <3 Bom, a trilha sonora do filme todo é muito boa. 
2. Lembranças do tio Ben, sendo sempre lembrado como um bom exemplo para adolescentes/homens mais jovens, dessa vez pelo diálogo que teve com Marko Flint (Homem-Areia) antes de ser baleado pelo mesmo.
3. Cenas de ação, web swinging/slinging e acrobacias no ar visualmente muito belas.
4. A história por trás das motivações do Homem-Areia foi bem construída e o diálogo que ele tem com o Homem-Aranha no final, contando como e porque a morte de Ben Parker ocorreu, é emocionante. Peter o perdoa após tanto tempo remoendo a morte do tio. A vida do aranha é cheia de cargas emocionais pesadas e não mostrar isso é tirar boa parte da essência do personagem.
5. Tia May contando como tio Ben a pediu em casamento e dando o seu anel de casamento para que Peter proponha casamento à Mary Jane! <3
6. O humor! Quem acompanha filmes de super heróis já notou há algum tempo que adicionar humor, sem exagerar, torna o negócio mais interessante. Uma cena que achei bem engraçada foi a que Betty Brant toca uma campainha a todo momento na mesa do JJJ para que ele tome o remédio. Quando ele acha o remédio certo, após duas tentativas, ela toca a campainha de novo, fazendo com que ele derrube tudo, só para lembrá-lo de beber bastante água. 
É isso, pessoal, sejam hidratados!
7. Harry ajudando o Homem-Aranha a lutar contra Venom e o Homem-Areia. Momento da morte do Harry, presentes Mary Jane e Peter. Parker e Osborn fazem definitivamente as pazes e se reafirmam melhores amigos, e ele se vai.
8. A destruição de Venom, arrancando-o de Eddie pelo barulho (fraqueza do simbionte). O Cabeça de Teia joga um daqueles brinquedinhos explosivos do Duende Verde nele, e Eddie, desesperado, pula para morrer junto com o simbionte. 
9. Referência à cena do espelho em que Norman conversa com si mesmo/Duende Verde no primeiro filme, quando Harry ouve a voz do falecido pai e começa a recuperar a memória e algumas delas até ficam confusas: ele se lembra de ter perguntado para Peter se o pai dele morreu e vê o amigo sorrindo, o que não aconteceu de verdade na cena real.  

DIÁLOGOS

 Após acreditar ter matado o Homem-Areia, Peter tem uma conversa com May, na qual diz a ela que o Homem-Aranha matou o vilão:
Peter: Ele merecia, não é?
May: Nós não temos o direito de decidir quem merece viver ou morrer.
Peter: Tia May, ele matou o tio Ben!
May: Tio Ben era tudo para nós, mas ele não queria que vivêssemos um segundo com vingança no coração. É como um veneno que pode nos dominar e em pouco tempo nos transforma em pessoas ruins... 

Peter para Eddie Brock: 
- Tá querendo paz, é? Vá à igreja!

Peter para Harry, após derrubá-lo:
- Olha o duende junior... Vai chorar?!?

Homem-Aranha e Eddie Brock:
Eddie: Oi, sou o novo fotógrafo! (Tira uma foto)
Aranha irônico: Ah, é, é?!?
Eddie: A partir de agora sou eu quem tira fotos suas pro Clarim, então sorria! Tá sorrindo?! (Aponta a câmera para outra foto) Tô brincando!
Aranha: Eu já tenho um fotógrafo.
Eddie: O Parker? Cá entre nós, ele é um amador. Já notou que as fotos dele te deixam inchado, meio gordinho?


MARY JANE WATSON

(Essa cena é tão fofa!)

 Nesse terceiro filme, eu finalmente vi fidelidade aos quadrinhos com relação à personagem. No primeiro filme, o decorrer dos fatos faz com que pensemos que Mary Jane gosta mais do Homem-Aranha do que do Peter Parker. No último, vemos o contrário: mesmo após o beijo em público do Cabeça de Teia na Gwen Stacy (querendo se mostrar para o público para inchar mais ainda o seu ego aranhesco) e do fiasco no quase pedido de casamento, quando Mary Jane tenta falar sobre seus problemas e Peter não fecha a matraca sobre o quanto o Homem-Aranha é incrível e sobre probleminhas que ele enfrenta com os haters, a ruiva ainda o procura para tentar convencê-lo a não fazer nenhuma besteira após saber através de tia May que o assassino de Ben era outro. "Todo mundo precisa de ajuda, Peter. Até o Homem-Aranha."
 No começo, vemos Peter Parker assistindo Mary Jane se apresentar na Broadway e babando pela ruiva: "hihi, é a minha namorada! *-*". Após a apresentação, Peter vai falar com ela, que não foi muito aplaudida, mas Peter começa a falar sobre propagação de ondas sonoras para que ela acredite que foi mais aplaudida do que pensa, e ela responde com um sorriso: você é muito nerd! Esse momento foi muito Mary Jane Watson e Peter Parker dos quadrinhos. 
 À pedido de Kirsten Dunst, que não aguentava mais que a personagem fosse uma donzela em apuros, o diretor permitiu que ela atirasse um bloco de concreto na cabeça de Venom, o que foi de grande ajuda para o aracnídeo. Nos quadrinhos, a personagem também procura se defender da forma como puder. Outros detalhes que notei foi a dança dela com Harry Osborn, enquanto cozinhavam, uma tentativa de mostrar o lado divertido da personagem, e também a forma como ela se vestiu: bem mais elegante do que nos filmes anteriores.
 Além disso, fico feliz que não tenham se esquecido do relacionamento abusivo que ela teve com o pai, quando MJ lê no jornal as críticas negativas de sua apresentação e comenta com Parker: "É que... quando leio essas coisas, parece que foi meu pai que escreveu."


 Agora, vamos aos pontos NEGATIVOS: 
FRANJA EMO


 A intenção dessa franja foi dar um ar mais sombrio e debochado para Peter, mas não foi a melhor solução, já que ele não pareceu sombrio, só um rapaz saindo da adolescência que gosta de fazer chapinha, e não combinou com o rosto do ator. Uma opção melhor teria sido trabalhar em uma expressão facial mais séria ou irritada em Tobey Maguire. As mudanças em seu comportamento causadas pelo simbionte envolveram egoísmo, passar vergonha agindo feito um idiota, explodir com as pessoas ao seu redor, agir por impulso, etc. O comportamento agressivo aparece na tentativa de matar o Homem-Areia, na briga com Harry Osborn e no restaurante em que MJ trabalha. Com tudo isso, a franja se tornou um detalhe totalmente dispensável e bobo.
Obs: A referência que fizeram à cena da dança esquisita em Homem-Aranha: No Aranhaverso ficou bem melhor!


VENOM



 Sendo justa, preciso começar dizendo que em 2007 a tecnologia de computação gráfica não era tão boa quanto a de 2018, mas duas coisas me desapontaram no visual do Venom/Eddie de Homem-Aranha 3: somente gritinhos e ausência de uma voz sombria, o tamanho e os dentes. Como mostra o quadrinho acima, o Venom é bem grandão e musculoso, pra ser assustador mesmo, e no filme ele apenas ficou mais musculoso do que o ator. Quanto aos dentes, não sei o motivo de terem editado os dentes do Eddie Brock enquanto usava o traje do Venom, mas ficou bem esquisito, inclusive ficaram amarelados:

(Antes do Venom/Com Venom)